Enquanto é julgado o mérito da questão o projeto continua em andamento e que prevê um investimento de 11 milhões provenientes do Ministério da Justiça, dos quais, segundo o IPURB (Instituto de Planejamento Urbano de Bento Gonçalves), cinco milhões seriam gastos em movimentação de terra e rocha. Tal ação além de ser uma agressão ao patrimônio histórico e natural é uma agressão ao bom senso e ao patrimônio financeiro da nação. O município decidiu pela desapropriação da área por considerá-la a mais barata (600 mil reais) entre as aprovadas pela SUSEPE, sem levar em conta o alto investimento que o estado e a união teriam que fazer em terraplanagem. Por sua vez a SUSEPE aprovou a área pelo fato dela estar na zona urbana e próxima para favorecer o deslocamento de presos e de funcionários. O que não foi levado em conta é que o município de Bento Gonçalves é um dos 65 municípios indutores de turismo do Brasil e não pode dar-se ao luxo de desperdiçar dessa forma suas paisagens e belezas naturais que, aliadas à cultura e ao enoturismo, são os maiores motivos que conduzem o visitante ao município. O IPURB solicitou o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) que está sendo executado pela SUSEPE, o mesmo deve estar pronto nos próximos dias e depois, caso seja aprovado pelo IPURB, o caminho estaria aberto para que as obras iniciem.
"Caminhos de Pedra"
Apesar de inúmeras manifestações contrárias, continua de vento em popa o projeto de construir o Presídio Regional de Bento Gonçalves na área de abrangência dos Caminhos de Pedra, há cerca de 300m de uma das mais belas paisagens do município que conta com duas cascatas e quatro casas inventariadas pelo IPHAN e IPHAE como patrimônio Histórico.O Ministério Público ajuizou uma ação civil pública contra a execução do projeto, mas as liminares que paralisariam a desapropriação e as obras foram indeferidas.