Expoara registra fluxo de 46.242 pessoas nos cinco dias da feira, encerrada nesta sexta-feira em Arapongas
A Movelpar 2011 – Feira de Móveis do Paraná, aberta na segunda (14) e encerrada nesta sexta-feira (18), no Expoara – Centro de Eventos, em Arapongas/PR, refletiu o otimismo do mercado varejista com o aquecimento da economia. “A feira superou todas as nossas expectativas, tanto em relação à visitação quanto à realização de negócios”, afirmou o presidente da Movelpar, Wanderley Vaz de Lima.
Pesquisa com os expositores apontou que a realização de negócios na feira já atingiu R$ 515 milhões. “Esse número deve crescer, com vários negócios que deverão ser fechados no decorrer do ano a partir de contatos iniciados aqui”, afirma Lima.
O resultado do evento, segundo Wanderley Lima, se deveu a um conjunto de fatores que inclui momento econômico favorável, demanda gerada pela expansão da construção civil, aumento do poder aquisitivo da classe C, qualidade dos lançamentos trazidos pelos expositores e ampliação do investimento na divulgação da feira.
Nos cinco dias do evento, o Expoara registrou um fluxo de 46.242 pessoas. Desse total, cerca de 75% são de lojistas e representantes comerciais que vieram de todos os Estados brasileiros e de 23 países de três continentes (América do Sul, América do Norte, América Central, Europa e África).
Melhor edição
Na opinião de José Roberto Santos, diretor-presidente da Santos Andirá, esta, a oitava, foi a melhor de todas as edições da Movelpar. “Devemos superar nossas expectativas com uma comercialização superior a R$ 5 milhões”, revelou. Segundo ele, a feira é o primeiro passo no ano para a projeção das metas de faturamento do grupo, e a boa visitação veio fortalecer as perspectivas de bons negócios para 2011.
A possibilidade de reunir todos os clientes em um mesmo evento foi o que mais empolgou o diretor comercial da Simbal, Osmar Milani. “A feira potencializou os contatos. Fizemos vários lançamentos, fortalecemos o relacionamento com os clientes e ampliamos os negócios.”
Sebastião Palhari, diretor-presidente da Nicioli, também sustenta que foi a melhor feira já realizada em Arapongas. “A feira foi muito bem divulgada. Fizemos muitos investimentos na produção e trouxemos novidades e lançamentos. A realização de negócios no estande nos surpreendeu.”
Negócios fechados
A feira agradou também aos lojistas. Para o diretor de Controle e Finanças da rede paraense Jomóveis, José Lucas Neto, a Movelpar tornou-se, de fato, uma das grandes feiras de móveis do Brasil. “Está mais voltada para negócios, focada realmente em atender o mercado, com muitos lançamentos, muitas inovações”, afirmou. “Encontrei boas condições de preço e de pagamento, o que fez com que fechasse bastante negócios.”
Fundada há 40 anos, a Jomóveis tem 14 lojas no nordeste do Pará, entre Bragança e a capital Belém. Emprega 600 funcionários e possui frota própria de 50 caminhões. Compra mercadorias principalmente nos Estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Realiza, em média, 12 mil vendas/mês. O público-alvo são as classes C, D e E. Lucas Neto estima que fechará negócios de R$ 600 mil a R$ 700 mil na Movelpar – segundo ele, 40% dos contratos já foram fechados, enquanto 60% devem ser concretizados no pós-feira, “dependendo de negociação de preços e análise de estoques”.
Projeto Comprador estima US$ 7 milhões em negócios
O Projeto Comprador, que aproxima expositores da Movelpar de potenciais clientes estrangeiros, fechou os três dias de negociações com perspectivas de negócios de US$ 7,053 milhões no prazo de um ano. Foram realizadas 465 rodadas entre 34 empresas expositoras e executivos varejistas de Angola, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, Jordânia, Panamá, Uruguai e Venezuela.
Pesquisa feita com os participantes dos encontros revela que 70% avaliaram como “bom” o contato ocorrido na feira e 24,17% consideraram “ótimo”. Sobre a possibilidade de futuros negócios, 71,79% responderam “sim”. Na penúltima edição da Movelpar, em 2009, as rodadas terminaram com estimativa de R$ 4 milhões em negócios.